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10 maneiras de evitar bolhas e pés doloridos nas caminhadas e viagens



Muitos não dão aos pés a importância que eles merecem. Em primeiro lugar, não somos nada sem nossos pés. Sem eles não tem caminhada, não tem mochilada, não tem visual.

Uma das coisas mais importantes para uma caminhada tranquila e prazeiroza é fazer com que seus pés estejam bem, proporcionando um excelente passeio.
Eu tenho pés muito sensíveis e as bolhas me perseguem sempre que faço uma caminhada mais longa. Já tive que percorrer longas distâncias com bolhas incômodas e doloridas que me atormentaram durante e após a caminhada. Depois de muito pesquisar, resolvi dividir esse conhecimento com vocês. Afinal, pés saudáveis não encontram limites!

Algumas dicas para você aproveitar melhor sua viagem/caminhada e retornar dela com os pés saudáveis:

1) Cuidar bem dos seus pés nas vésperas é essencial
Não force seus pés com sapatos apertados e posições desconfortáveis no trabalho. Nas vésperas de sua caminhada, planeje bem para que seus pés estejam intactos e relaxados no dia da partida. Antes de sair de casa, certifique-se de que seus pés estejam limpos e bem acomodados na sua bota/tênis.

2) Invista numa bota/tênis confortável e de qualidade
Dependendo do terreno, é necessário que você utilize calçados de solado mais firme, para que seus pés não fiquem se entortando pelo caminho quando você pisar em pedras, raízes e buracos. Se isso acontecer, é provável que você se canse muito mais rápido e não aprecie o passeio como poderia. Os solados firmes evitam também as torções, dores nas costas e pernas.

3) Botas impermeáves, mas respiráveis
Mais uma observação importante na hora de comprar a sua bota é certificar-se de que ela “respira”. Você precisa fazer o dever de casa e se informar se os modelos disponíveis ou os que você deseja são realmente respiráveis. Para isso, conte com a experiência de aventureiros mais experientes que você. Pesquise em fóruns, blogs e sites de opinião sobre os modelos que estão na sua pauta. Se o calçado não deixar seus pés respirarem, você vai ganhar bolhas e muito desconforto. Afinal, a umidade precisa sair. Os modelos atuais comumente utilizam a tecnologia Gore Tex que não deixa a umidade entrar, mas a deixa sair.

4) Cuidado com o tamanho do calçado
Seu calçado deve estar confortável. Isso significa que ele não pode estar justo e nem largo demais. Quando for comprar seu calçado para caminhada, leve em consideração as descidas, ocasião onde os pés são forçados para a frente. Considere também que, com o esforço, nossos pés tendem a inchar um pouco, levando o que está apertado a ficar arrochado. Mas não caia no erro de comprar um número maior. Experimente o calçado e avalie. O ideal é que seus dedos não fiquem colados no bico do calçado, evitando que você ganhe de presente algumas unhas roxas, dedos doloridos e bolhas quando for fazer descidas.

5) Amarração
Parece coisa boba, mas a amarração faz uma diferença muito grande na hora de evitar bolhas. É importante que seu tornozelo fique bem firme na parte de trás do calçado, evitando que escorregue para frente entrando em atrito em diversas partes do seu pé. Existem diversas maneiras diferentes de amarrar seu calçado. Veja qual a melhor para o seu caso e faça-a bem firme. Nesse vídeo explicamos 5 maneiras de amarrar sua bota.


6) Evite meias de algodão
As meias de algodão encharcam facilmente e seguram a umidade. Com as meias úmidas, a pele amolece e permite que a fricção cause bolhas. Então, meia de algodão para caminhadas, nem pensar!
Você não quer meias que tenham sequer 1% de algodão. Veja aqui nosso post sobre meias para evitar bolhas e pés cansados.

7) Abuse das meias de lã ou tecido sintético
São as melhores. Existe atualmente uma ampla variedade de meias para todos os gostos e bolsos. Minha sugestão são as de lã merino. Elas são confortáveis, absorvem rapidamente o suor e o expelem com mais facilidade do que o algodão e alguns outros tecidos. Geralmente são meias importadas e o custo x benefício delas é excelente. Sua durabilidade é maior e são projetadas especificamente para trazer conforto aos aventureiros caminhantes. Os fabricantes nacionais comumente colocam algodão na fórmula, o que já vimos que não é legal. Até mesmo no verão, essas meias são uma boa pedida. É só você verificar na hora da compra a grossura da meia. Costumam ser classificadas como light hiker, heavy trekker, duplas, triplas e por aí vai. O fabricante também costuma indicar o tipo de uso que mais cabe àquela meia. Pesquise bem, as opções são muitas.

8) Liners – quando usá-los
Os liners desempenham um papel de grande importância para o pessoal que faz caminhadas mais longas e com meias mais “pesadas”. Muitas vezes as meias mais grossas irritam, ou “lixam” os pés dos montanhistas pela sua constituição. Para resolver esse problema, existem os liners, que são meias bem finas e de material que permite a evaporação muito rápida. Evitam o contato da pele com meias mais ásperas e facilitam a transpiração, expelindo a umidade para a segunda meia. É comum você tirar a bota e verificar que seu liner está seco e sua meia, molhada.

9) Esparadrapos como prevenção
Se você possui pés muito sensíveis ou pontos de fricção já conhecidos nos seus pés, tente isolá-los com pedaços de esparadrapo. Mas cuidado para não deixar que o esparadrapo embole ou faça um recorte em cima de um ponto de fricção. Se não, seu pesadelo será muito pior. Se você já tiver uma bolha, não use esse método pois quando extrair o esparadrapo, a pele solta virá junto, abrindo uma ferida.

10) Pomadas e vaselina
Algumas pessoas fazem uso de pomadas ou vaselina para evitar os pontos de atrito. Eu particularmente não gosto, mas é uma opção se você quizer fazer o teste. Mas cuidado para não lambusar os pés, pois o resultado é desastroso. Seus pés ficarão sambando dentro do calçado, criando cada vez mais problemas. Passe um pouco somente nos locais de maior atrito. Esse métdodo é mais usado por pessoas que têm bolhas entre os dedos e em locais onde o esparadrapo não cola bem.

Veja nosso segundo post sobre como evitar bolhas nos pés.

Se a bolha aparecer, calma!
Se mesmo com todas essas dicas, as bolhas apareceram e ameaçam transformar seu passeio em um pesadelo, calma. Vamos ver algumas coisas que você pode fazer para minimizar o problema:

– Não estoure a bolha de qualqer maneira. O ideal é que você tenha agulha fina esterilizada ou esterilize-a na hora, furando a bolha e costurando-a com uma linha, também fina, para que a pele não cole e se encha de fluido novamente.

– Jamais tire a pele solta. Você criará uma ferida extremamente dolorida e com maior risco de contaminação.

– As pomadas ajudam na cicatrização mas não curam de um minuto para outro. Então, em alguns casos, é melhor voltar antes da hora do que sofrer por dias a fio.

– Se voltar não for uma opção, coloque um pequeno pedaço de gaze exatamente em cima de onde a bolha se formou e isole tudo com um pedaço grande de esparadrapo. Certifique-se de que o esparadrapo não vai soltar no local de fricção e que não haja costuras e dobras nele. Isole uma área bem maior do que a área da bolha.

– Se a bolha estiver suja de lama ou algo semelhante, desinfete-a antes de fazer qualquer curativo e limpe seu calçado por dentro antes de voltar a caminhar.

Seus pés precisam de descanso!

Lembre-se que durante a caminhada, especialmente as mais longas, você precisa parar algumas vezes para tomar fôlego, beber um pouco dágua e recuperar as energias. Seus pés também precisam. Nas suas paradas para descanso, tire o calçado, deixe os pés respirar e coloque suas pernas para cima. Ao invés de colocar a mochila como encosto para a cabeça, coloque-a como suporte para que suas pernas fiquem um pouco mais elevadas do que o resto do seu corpo, fazendo o sangue circular melhor pelo seu corpo, reestablecendo o equilíbrio e facilitando o descanso.

Com essas dicas, espero que você se livre definitivamente das bolhas e faça boas viagens!

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Apaixonada por viagens, natureza, lugares lindos e interessantes e por fotografia. Viajei pouco até hoje, mas curti cada viagem e tirei delas o melhor que pude. Viajar e fotografia são paixões de infância! Criei esse blog para compartilhar minhas experiências durante minhas viagens e trilhas feitas com meu marido. Trocando informações, todo mundo se ajuda! :)

36 Comments

  • esio poeta

    17 de novembro de 2019 at 00:21

    Oi Menina… Camila… tenho 67… pra mimi vc é uma menina… sou caminheiro faz tempo. 52 romarias Piracicaba a Pirapora, desde meus 15 anos, em 1968, até hoje… ja fiz tbm 3 caminho frances de Compostela. Bolhas/ Não gosto delas.. Não me dou bem com elas, portanto evito-as. meus pés são bons. mas cuido deles antes.. por ex. agora novembro, irei a compostela em agosto de 2020 e já fico descaço o máximo de tempo possivel em casa. e treino muito de tênis e de chinelos havanianas… uso os chinelos muito no caminho. não recomendo mas eu uso. Piracicaba Pirapora que são só 120kms faço todo ele de meias e chinelos. Mas o ficar em casa descalço o máximo que puder, ajuda e muito… muito mesmo. e treino pois sem trreinos não se anda durante 30 dias uma médias ded 30ks dia. Buem camino a todos e bons pés.

    Responder
    • Camila Guerra

      18 de novembro de 2019 at 23:52

      Olá, Esio!
      Obrigada pela visita, pelo comentário e pelas dicas.
      As bolhas são um problemão para quem gosta de caminhar muito ou fazer trilhas.
      O problema dos chinelos na caminhada é que eles não dão segurança nenhuma. Mas o importante mesmo é achar o que melhor nos atende, o que nos dá conforto para fazer a atividade sossegados. Às vezes o que serve bem para um, não serve para outro e o conforto acaba sendo uma longa busca.
      Abraços e bons caminhos.
      Camila

      Responder

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