A região dos Lagos (RJ) é minha velha conhecida (de meu marido também). Desde meus primeiros aninhos de vida, meu pai, que era fascinado por Cabo Frio, alugava um apartamento e passava conosco uma quinzena inteirinha de férias por lá, sempre em janeiro ou fevereiro. Foi assim por muitos anos. Vi Cabo Frio crescer, encher de turistas, mudar ruas, orlas de praias, ganhar muitos prédios e se transformar em uma cidade muito diferente da Cabo Frio da minha infância.
Já visitei a região com pessoas diferentes em épocas distintas: Carnaval, Semana Santa, Ano Novo e diversos meses do ano em diversas fases da minha vida. Vi o Peró (em Cabo Frio) vazio, deserto, quando nada existia por lá. Continuei visitando o Peró e vi sua transformação tanto quanto vi em Cabo Frio. Mas havia uma coisa que me incomodava. Desde os 10 anos (aproximadamente) eu não havia retornado a Arraial do Cabo. Lembrava dela como uma cidade sem nada. Nada MESMO! É até engraçado recordar daquele tempo, quando eu tinha medo do meu pai não conseguir nos trazer de volta a Cabo Frio, de tão deserta que era Arraial do Cabo. Veja o mapa da cidade abaixo (clique para aumentar). Está meio amassadinho pois foi bem usado. :)
Passaram-se anos, ouvi muitas histórias sobre Arraial, muitos amigos iam e vinham…. até que este ano resolvi que Arraial estaria na minha rota de viagens.
Escolhemos um fim de semana e fizemos uma reserva na Pousada Thetis (veja minha opinião sobre a pousada), na Prainha.
Tudo certo, saímos de Petrópolis às 06:00 numa sexta feira. Fomos devagar, curtindo a viagem. Três pedágios depois, mais ou menos às 09:30, estávamos na pousada fazendo check-in.
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Eu estava feliz em rever Arraial do Cabo mas surpresa com tanta mudança, tanta civilização. Confesso que gostava mais da Arraial de 25 anos atrás. Mas a de hoje também está bacana.
Havíamos combinado um passeio de barco para o dia seguinte. Embora a previsão do tempo fosse totalmente desanimadora, estávamos animados para o passeio. Gruta Azul, restaurante flutuante, tartarugas, Praia do Forno…
Mas São Pedro não colaborou. Choveu MUITO a noite toda. Choveu pela manhã, o tempo estava totalmente cinza, pesado, com cara de mais chuva. Desistimos do passeio. Resolvemos então ficar pela prainha mesmo (que é pertíssima do hotel) e, se a chuva apertasse, poderíamos voltar rapidinho.
Saímos da praia, tomamos banho e fomos rodar um pouco de carro. Paramos na farmácia no centro da cidade e depois partimos para o porto / Praia dos Anjos. E que porto!! Nossa!! Como aquele lugar mudou. Há 25 anos atrás nem porto tinha!
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Algumas fotos depois fomos então para a Praia Grande! Lembrança de novo! Me lembrava das dunas desertas, tranquilas….. na infância eu sonhava em rever aquelas dunas. A Praia Grande também havia mudado muito. E como!
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Paramos num dos quiosques, tomamos um suco, tiramos algumas fotos e ficamos um tempo “namorando” aquela praia tão extensa e tão bonita! A estrutura da Praia Grande me pareceu melhor e ela, menos movimentada que a Prainha, com menos gente.
Paramos sempre o carro na rua e ficamos felizes em saber que pagando R$ 5,00 pelo bilhete de estacionamento, ele vale para o dia inteiro em qualquer lugar da cidade. Além disso, carros com placa de Arraial do Cabo não pagam estacionamento na rua. A prefeitura de Petrópolis, cidade onde moramos, devia tomar como exemplo a proposta de Arraial e ter vergonha de cobrar R$ 2,50 por UMA HORA de estacionamento NA RUA no centro da cidade. Um ultraje!
Testamos nosso GPS Garmin tanto na estrada quanto dentro de Arraial e constatamos que não é 100%, mas nos levou nos locais com facilidade. É só ficar de olho em algumas ‘pegadinhas’ que ele deixa escapar.
Voltamos para o hotel e resolvemos comer uma tapioca da Bel (recomendo a de frango com queijo e a de banana com queijo e canela) no quiosque Kaia na Teia por R$ 5,00, lá no final da Prainha. Ótima pedida para quem está viajando com a grana apertada. Ela serve também açaí, crepes, sanduíches, pão com linguiça. Demos sorte pois já estava fechando por volta das 18:00. E na volta, tivemos que abrir o guarda chuvas pois São Pedro resolveu lavar o Arraial mais um pouquinho.
Voltamos para a pousada e lá ficamos.
Uma boa dica em Arraial é fazer mergulho com cilindro. Arraial do Cabo é conhecida por ter algumas das melhores praias para mergulho no Brasil.
Dia seguinte, domingo, dia de voltar para casa. Que peninha! O tempo ainda meio lá, meio cá…
Mais um pouco de mar, uma água de côco e nenhuma caipirinha pois meu marido ia dirigir mais tarde. Não resistimos e fomos comer mais umas tapiocas com a Bel, muito simpática por sinal. Nos contou que hospedou uma moça de Maceió que lhe ensinou a fazer as tapiocas. Ah, entendi o motivo de ter gostado tanto da tapioca que a Bel faz, me lembrou as que comi em Fernando de Noronha. Bem, comida no papinho, pé no caminho. Arrumamos as malas e pegamos a estrada.
No caminho de volta paramos no Graal Oásis para almoçar. Lá você encontra refeição em self-service, incuindo salgados, churrasco, sanduíches, além de banheiros, posto de gasolina e lojas de souvenirs e presentes. Dá para perder um tempo por lá. Mas é tudo caro! Na verdade, o Graal não é o único ponto de parada nessa estrada. Pelo caminho (tanto na ida quanto na volta) você encontra várias lanchonetes, lojas de queijo, barraquinhas vendendo artesanatos (panelas de barro, filtros, enfeites de jardim, panelas de pedra, etc).
Três pedágios e vários buracos depois, chegamos de volta a Petrópolis. Não sem antes me irritar com a condição da estrada de subida da Serra de Petrópolis, cheia de imperfeições na pista, que já é, por si só, perigosa.
Fiquei feliz por ter revisto Arraial do Cabo, embora não seja o mesmo lugar que conheci. E pretendo voltar em breve para fazer umas trilhas, finalmente passear de barco e curtir mais um pouco a beleza daquele lugar lindo!
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8 Comments
Silvana Janoni
18 de janeiro de 2016 at 18:39Olá, moro em Vila Velha e a minha viagem para Arraial esta programada para ir em Abril, do dia 01 ao dia 05.. será que época de chuva? meu sonho é ver a água azul e as paisagens lindas, e sei que com chuva tudo muda…
Camila Guerra
18 de janeiro de 2016 at 23:20Oi, Silvana!
Difícil dizer. Normalmente março é mês de chuvas por aqui e em abril elas tendem a escassear. No entanto, tempo é um troço imprevisível, especialmente a longo prazo. Arraial do Cabo é um lugar lindo! Dedinhos cruzados para o tempo colaborar com a sua viagem! ;)
[]’s
Barbara
18 de junho de 2015 at 02:35Boa noite! Gostaria de saber se o clima em junho/julho nessa região do RJ é boa para visitação… gostaria de ir acampar em MG ou no RJ nesse mês e estou considerando os prós e contras de cada lugar… vou fugir da chuva rs
obrigada!
Camila Guerra
18 de junho de 2015 at 11:48Oi, Bárbara!
O inverno não costuma trazer chuvas fortes, o que não quer dizer que não chove dia nenhum.
Em Arraial do Cabo nessa época você deve pegar dias limpos com bastante vento. Não é tão quente quanto nos meses de verão mas ainda assim, normalmente dá para pegar praia. É uma época também mais vazia por lá.
Já Minas, dependendo da região que você for visitar, pode pegar bastante frio.
[]’s
Carla Boechat
5 de dezembro de 2014 at 08:30Também estou indo para Arraial hj e está uma chuva horrorosa!! Parace q não tem mais nada para fazer lá com um tempo assim.. Q peninha!!! Vou ter q voltar depois!! Beijos
Camila Guerra
5 de dezembro de 2014 at 11:58Carla, praia com chuva é chato mesmo e Arraial não tem muita atração para dias assim, mas na praia tem vários bares na orla e o jeito é ficar ali apreciando o mar. Na Praia Grande sempre tem mais movimento.
[]’s
Sanderson
4 de dezembro de 2014 at 14:39Obrigado pelas dicas.
Além das informações de seu blog, também achei um vídeo sensacional lá no Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=gy3wXHndt3M
Recomendo para quem está pretendendo conhecer ou até mesmo se já conhece. Me ajudou bastante a realizar uma viagem inesquecível.
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31 de dezembro de 2012 at 21:38