Visitamos o Museu Histórico Regional em nosso último dia em Cusco. Para ser sincera, fomos mesmo só por ele estar incluído no Boleto Turístico que tínhamos comprado. Como já havíamos visitado o Museu Inca, o Museu Histórico me pareceu mais do mesmo. Para quem quer visitar um museu e já tem o boleto que inclui esse circuito e não quer pagar por fora, o Museu Histórico pode ser uma boa opção.
Na entrada deixamos nosso nome, país e e-mail. A moça da recepção chamou um senhor para que nos acompanhasse até as primeiras salas de exposição e nos desse algumas explicações. Após as explicacões rápidas o senhor nos deixou para então fazermos a visita sozinhos. Em cada peça há o nome e/ou explicação em espanhol e inglês.Diferente do Museu Inca, no Museu Histórico é permitido fotografar as peças, desde que seja sem flash. E eles ficam de olho em você…São várias peças da cultura Quéchua/Inca e também da cultura pré-inca. Várias cerâmicas, objetos em metais, jóias da época. Mas a grande maioria das peças do Museu Histórico cobre o período colonial que, sinceramente, não me atrai. Muitas pinturas, móveis e roupas ilustram a lambança feita pelos conquistadores espanhóis. As peças são bonitas, mas a história não.E há também muitas outras coisas ilustrando o cristianismo dominador, aquele que serviu muito bem de desculpa para que os conquistadores (não só os espanhóis) praticassem atrocidades mundo afora em nome de Deus. Então, nessa parte do museu eu “passei os olhos”, tirei umas fotos para ilustrar para meus leitores e só. É claro que há muita coisa bonita entre pinturas, esculturas e peças caprichosamente produzidas, mas a história feia que elas contam, não tem minha apreciação jamais.Grande parte do museu está dedicada ao Peru colônia e há bastante coisa sobre o historiador Inca Garcilaso de la Vega, filho do conquistador espanhol Sebastián Garcilaso de la Vega e da princesa Inca Isabel Chimpo Ocllo. Inca Garcilaso foi responsável por descrever grande parte da história do povo Quéchua e alguns de seus livros chegaram a ser censurados por descreverem fatos que os espanhóis consideravam impróprios.Em uma das salas há uma grande tela pintada contando a histórica execução do Inca Atahualpa. A história triste do último rei Inca mostra a crueldade usada pelos espanhóis (e pela igreja católica) na conquista do povo Quéchua. Conta a história que Atahualpa, de boa fé, havia aceitado um convite de Francisco Pizarro para conversar e chegou a Cajamarca trazendo apenas um pequeno grupo de guardas. O padre Vicente Valverde interpelou Atahualpa exigindo que ele se convertesse ao cristianismo e se submetesse ao rei espanhol. Claro que o Inca negou e foi então considerado inimigo da Igreja Católica e da Espanha e condenado à morte.Atahualpa tentou uma fuga e nesse processo, conta a história, que mais de 6.000 soldados Quéchuas foram mortos no período de duas horas. Resumindo, a história do último rei Inca termina com seus braços e pernas amarrados a cavalos montados por espanhóis, que de tanto puxar, partiram o Inca em várias partes. Horrível, não é?O museu conta também um pouco da histórica econômica do Peru e expôe em uma sala algumas cédulas e moedas do dinheiro peruano.
No pátio não podia faltar as tradicionais cholitas fazendo suas peças de artesanato que são vendidas ali mesmo.
Muitas curiosidades, muita história mas nada de múmia. Essas só mesmo no Museu Inca. ;)Outros posts sobre o Peru:
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– Museu Inca de Cusco
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– Onde comer em Cusco e região gastando pouco
– Valle Sagrado de Los Incas – Parte II: Ollantaytambo
– Valle Sagrado de Los Incas – Parte I: Pisaq
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– Soroche ou mal da altitude. O que é e como evitar
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– Cusco: o umbigo do mundo fica no Peru
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