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O visual do Bonet compensa a trilha ruim

Alvorada no Morro do Bonet, Petrópolis


Mais uma caminhada noturna para fugir do calorão do verão e pegar uma linda alvorada numa montanha.

Decidimos pelo Morro do Bonet, no Rocio em Petrópolis. Já havíamos visitado o Bonet em uma outra oportunidade numa caminhada diurna. Naquele dia, infelizmente, havia muita névoa tapando o lindo visual que se tem a partir dessa montanha. Desde então planejávamos voltar em um dia mais limpo.

Quando a gente começa a se aprofundar mais na fotografia, a gente passa a não se contentar com as caminhadas diurnas, especialmente as que se iniciam tarde. O motivo é simples: a luz. O sol alto no céu faz com que as paisagens (e pessoas) nas fotos fiquem muito chapadas, sem graça. A luz do fim da manhã, meio do dia e início da tarde não favorecem. Então as caminhadas próximas ao nascer e ao pôr do sol passam a ser nossas preferidas. O motivo é óbvio…

Visual que tínhamos um pouco após nossa chegada ao cume. Vênus no céu, linda como sempre!

Visual que tínhamos um pouco após nossa chegada ao cume. Vênus no céu, linda como sempre!


Novamente acordamos às 3h da madrugada e em nosso trajeto até o local de encontro, topamos com os “festeiros” pela cidade. Enquanto nos preparávamos para subir montanha, muita gente caminhava descalça de volta para casa depois da balada. Nossa “balada”, no entanto, seria mais bela, iluminada pelos primeiros raios do sol.

Às 4h nos encontramos e em 50 minutos subimos o Bonet. Essa é uma trilha muito chatinha pois a maior parte do caminho está super erodido, o que acaba dificultando um pouco. Dá para subir mais rápido, mas eu ando devagar… :)

Como essa é a trilha com mais avistamento de cobras na região, é importante ficar de olho e prestar bastante atenção onde vão os pés e as mãos.

Cidade do Riio de Janeiro, vista de Petrópolis

Cidade do Riio de Janeiro, vista de Petrópolis


Enfim, chegamos lá e a vista noturna da Cidade Maravilhosa impressiona. O visual do Bonet é incrível!

Ficamos lá um tempo procurando espaço para montar nossos tripés. É que o cume é cheio de grandes pedras e a parte com a visão de 360° é um pouco apertada para este fim. Achei um espaço, montei meu equipamento e fiz algumas fotos.

Miguel observando e Waldyr clicando...

Miguel observando e Waldyr clicando…


Com o amanhecer notei a presença de algumas abelhas (há muitas por ali). Elas me rodearam por um tempo em tom ameaçador e “educadamente” me pediram para sair dali. Eu, que sou bem mandada, saí, claro! Eu provavelmente estava perto da colméia ou do local de trabalho delas. Mas resolvi não arriscar um confronto e fui montar meu tripé em outro lugar. Elas continuaram nos rodeando e só quando reduzimos o volume e a quantidade de conversa é que elas nos deixaram em paz. Então fica a dica: Com abelha perto, nada de falar alto, gritar, fazer movimentos bruscos ou sair correndo sacudindo cabelo. A calma é essencial para evitar um ataque.

O sol nasceu por trás das montanhas ao longe e coloriu o céu com as cores que lhe são peculiares. Observar o alvorecer é observar um espetáculo que a natureza oferece de forma tão simples e ao mesmo tempo tão imponente.

Thaísa observando a beleza da paisagem

Thaísa observando a beleza da paisagem


Após um lanche rápido e um pouco de café, que novamente o Waldyr Neto levou em sua garrafinha térmica, nos preparamos para descer. Na descida é preciso muita atenção por causa das erosões.

O visual do Bonet compensa a trilha ruim

O visual do Bonet compensa a trilha ruim. Ponte Rio-Niterói e Baía de Guanabara


Muitas pedras e terra soltas dificultam a passada segura, especialmente na descida. Nesse caso o bastão de caminhada é super importante pois além de ajudar no equilíbrio, ajuda a não colocar pressão demais nos joelhos. Que agradecem! Outra coisa importante nesta trilha para quem vai subir ou descer à noite é a lanterna de cabeça. Como há trechos muito erodidos e muito escorregadios, é bom ficar com as mão livres caso precise segurar em algo.

Um lindo caminho até o riacho

Um lindo caminho até o riacho

Dali uma parte do pequeno grupo partiu para conhecer um riacho por perto.

A estrada principal do Rocio já é bastante agradável mesmo passando de carro. Mas as estradas de terra são, na minha opinião, as mais legais sempre.

Descemos um pouco de carro, andamos mais um pouco a pé, passando por um lindo caminho… uma caminhadinha curta e muito agradável até chegar em um local tranquilo, bonito, com água cristalina. Um colega mais corajoso (e que havia levado roupa de banho) não resistiu e aproveitou para recarregar as energias numa piscina natural formada por uma quedinha d’água, a maior do local onde paramos. O lugar é muito agradável, ótimo para quem quer contato com a natureza, longe da agitação dos muitos visitantes de verão. Adorei!

Ficamos por ali um tempo arriscando umas fotos, observando a natureza, relaxando.

Fechamos o domingo ao som da água correndo, do canto dos pássaros e de uma energia muito bacana.

Quedinha e poço no riacho que visitamos

Quedinha e poço no riacho que visitamos


Com esse presente voltamos para casa com muitas fotos para compartilhar e mais um caso para contar. Acordar de madrugada para subir uma montanha à espera da alvorada sempre vale a pena!

Veja o relato do Waldyr Neto sobre esse dia.

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Apaixonada por viagens, natureza, lugares lindos e interessantes e por fotografia. Viajei pouco até hoje, mas curti cada viagem e tirei delas o melhor que pude. Viajar e fotografia são paixões de infância! Criei esse blog para compartilhar minhas experiências durante minhas viagens e trilhas feitas com meu marido. Trocando informações, todo mundo se ajuda! :)

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