Em nossa viagem ao Chile em agosto de 2014, passamos um dia em Santiago e fizemos um tour pelas quatro estações de esqui da cidade, na região do Vale Nevado. No dia seguinte pela manhã, pegamos um vôo de lá para Temuco, cidade no sul do país, onde fica o aeroporto mais próximo de Pucón, a cerca de 1h de distância de carro.
O plano inicial era alugar um carro no aeroporto de Temuco e, de lá, partir para Pucón e depois para Puerto Varas. Mas achamos caríssima a taxa de entrega do carro em outra cidade e, como a grana estava um pouco contada, acabamos desistindo dessa opção. Resolvemos então pegar uma van que sai do aeroporto para Pucón, pois era a opção com o melhor custo/benefício. O Aeroporto de Temuco fica distante do centro da cidade e, para pegar o ônibus para Pucón, teríamos que ir para a cidade antes, o que nos tomaria mais tempo. E os taxis são caros! Nem pensar!
A van não vai direto, pois vai deixando as pessoas nos locais em que querem ficar, e nos deixou na porta do nosso hotel. Chegamos a Pucón à tarde, era inverno e fazia frio. O sol estava presente, embora um pouco discreto, mas não demorou muito para ele sumir e dar lugar a uma capa de nuvens escuras e um vento muito frio. O Villarica já estava encoberto quando chegamos.
A cidade tem duas vedetes: o vulcão e o lago. Ambos chamados Villarica. Deixamos nossas tralhas no Hostel Frontera B&B e fomos direto para a cidade comer algo e comprar lanche para o dia seguinte.Há uma boa quantidade de bons restaurantes em Pucón e comer bem por lá não é caro. Há de tudo. Desde ótimas hamburguerías a restaurantes mais requintados de massas, pescados ou parrillas. Veja nossa experiência gastronômica por lá nesse post sobre alimentação em Pucón.
Há um mercado ali no centrinho da cidade onde se pode comprar de tudo, inclusive bons vinhos com bons preços. Além de mercado, restaurantes, banco e farmácia, por ali você acha muitas agências de turismo e muitas lojas de produtos para atividades de montanha. Até tentei comprar uma bota por lá, mas na época em que fui, achei que o preço não compensava e acabei desistindo. Há também um cassino, que não visitei.
Eu já sabia que havia escolhido uma época normalmente chuvosa, mas confesso que fiquei irritada pois choveu muito na noite de nossa chegada e a danada da chuva permaneceu em nosso encalço por mais dois dias, o que atrapalhou bastante nossos planos. Mas mesmo assim conhecemos os lindíssimos Ojos del Caburgua e o lago Caburgua, esquiamos no Vulcão Villarica e passamos um dia super tranquilo e agradável percorrendo o lindo caminho até o Paso Internacional Mamuil Malal, na Fronteira entre Chile e Argentina e aos pés do vulcão Lanin. Por causa da chuva, do planejamento que havíamos feito ficaram de fora as famosas e variadas termas formadas pelas águas vulcânicas (pois o marido estava com uma gripe danada), a reserva El Cañi e o Parque Nacional Huerquehue.A cidade de Pucón é pequenininha, seu centro é todo plano e o comércio concentra-se, em sua maioria, na avenida principal, chamada Av. O’Higgins e não é preciso andar muito para contratar agências ou comprar o que quer que você precise.
Verdade que o Lago Villarica dá um charme especial à cidade, deixando-a com ares de paraíso natural. No entanto, não é só isso que faz de Pucón bela e atrativa. Ela é conhecida como ótimo local para a prática de esportes de aventura, além de ser excelente opção para quem gosta de caminhadas, camping e contato com a natureza. No inverno os esquiadores se divertem por lá. Já no verão, é a hora dos banhistas aproveitarem a cidade vindos de todas as partes do mundo. Se desejar conhecer a cidade no verão, planeje-se bem, pois fica lotada e você pode sofrer para encontrar estadia e até mesmo um local nas areias dos lagos. No verão há passeios regulares de barco pelas lagos. Já no inverno, não.Em todas as épocas do ano Pucón atrai visitantes que desejam alcançar o cume do vulcão Villarica, que fica a 2800 m de altitude. Há agências por todos os cantos com guias que levam os visitantes, mas preciso dizer que há riscos em qualquer atividade de montanha, especialmente uma subida como esta. Se desejar subir, prepare-se bem.
Entre as práticas comuns no verão, está o rafting pelas corredeiras da região e o canopy, que também é bastante popular na região.As principais atrações ficam distantes do centro e é necessário contratar passeios com agência, alugar carro ou, em alguns casos, usar o transporte coletivo. Nós alugamos um carro simples (uma Uno comum) e rodamos tudo por lá. Como a cidade é pequenininha, não tem erro. Você pode até errar uma entrada ou outra, mas nada que dê um nó difícil de resolver. Além disso, as atrações são sinalizadas, mas é bom ficar de olho pois a sinalização não é ostensiva.
Nas imediações de Pucón há muitas cachoeiras, como a Cascata León e China, que nossos amigos do blog Expedição Andando por Aí visitaram e o Salto El Claro.
Bem no centro da cidade, no posto do corpo de bombeiros, há uma placa que indica se há perigo de erupção do vulcão. Sim, o Villarica é um vulcão ativo e entrou em erupção em 2015, fazendo o centro de controle colocar a cidade em alerta vermelho e obrigando muitas pessoas a deixarem seus lares. Felizmente nada de grave aconteceu, mas é sempre bom ficar de olho nessa informação. Chego a sentir um friozinho na barriga em pensar que estive lá em cima, no meio da montanha, seis meses antes dela começar a cuspir fogo. Bem que aquela fumacinha me deixou cismada, mas seria divertido fotografar um fenômeno dessa monta. :)Partimos de Pucón de ônibus com destino a Puerto Varas. Mas as cinco horas de viagem nos permitiram rever as imagens e relembrar nossa estadia na pequena notável, que foi conturbada, mas rendeu lindas vistas, ótimas fotos e muitas lembranças boas que deixaram em nós o desejo de retornar. Vale a pena, a região é maravilhosa.
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6 Comments
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18 de abril de 2017 at 13:18Sonia
24 de setembro de 2016 at 01:31Oi Camila,
Muito bom o Seu blog, parabéns.
Você comprou as passagens de Pucon a Puerto Varas lá mesmo ou aqui no Brasil pela internet?
Já tentei todas as empresas e não consigo.
Camila Guerra
24 de setembro de 2016 at 18:00Oi, Sonia!
Comprei lá mesmo em Pucón, super tranquilo. Na época não dava pra comprar daqui, mas queria mesmo comprar lá pra ter flexibilidade, caso precisasse alterar meu roteiro. Eu vejo muita gente com dificuldade até pra consultar os horários disponíveis e isso acontece normalmente quando você coloca uma data muito pra frente. Se tentar com uma data mais próxima (menos de 1 semana, por exemplo) você consegue consultar os horários. Quanto a poder ou não comprar daqui, não sei se isso mudou, mas realmente não era possível.
[]’s
Andre Vauclin
28 de setembro de 2015 at 21:32Excelente o relato de vocês, parabens!
Gostaria de saber onde alugaram o carro e o custo, se possível
Camila Guerra
28 de setembro de 2015 at 22:13Oi, Andre!
Em Pucón alugamos com o José da Kilometro Libre: http://www.rentacarkilometrolibre.com, ele é muito gente fina. Se não me engano pagamos algo em torno de 70 mil pesos por 3 dias e meio.
[]’s
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31 de agosto de 2015 at 22:50