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O belíssimo Poço Iniciático, a espiral do conhecimento

Sintra, o tesouro nas montanhas portuguesas (com roteiro de 1 dia)

Quem acompanha a gente aqui no blog ou nas redes sociais já sabe o quanto somos fãs de montanhas e serras. Por isso, quando chegamos a Sintra, foi amor à primeira vista.

Onde o passado encontra a fantasia

Sintra é daqueles lugares que parece ter saído diretamente das páginas de um conto de fadas. Repleta de castelos misteriosos, belos palácios, boa gastronomia e paisagens lindas e variadas. Tudo em meio ao verde exuberante da serra.

Mas antes de começarmos a descobrir Sintra, há um item importante que não pode faltar ao visitante na cidade: disposição para caminhar. Durante o artigo você vai entender por quê.

Localizada a apenas uma curta viagem de Lisboa, em Sintra o tempo parece ter parado para deixar espaço para a beleza e a história. Esta pequena cidade é um verdadeiro tesouro escondido de Portugal, repleta de charme e mistério em cada esquina.

Como chegar e se deslocar na cidade

A melhor opção é o trem, cujo trajeto demora cerca de 45 minutos. Se estiver partindo de Lisboa, pegue o trem na estação do Rossio (ou Oriente, caso esteja próximo ao aeroporto) bem cedo para chegar com a cidade ainda vazia (veja os horários atualizados no site da companhia de comboios de Portugal).

Da estação de trem até o centro histórico são cerca de 12 km e você pode caminhar até lá por cerca de 15 minutos percorrendo um caminho agradável e bonito, ou pode optar por ir de táxi ou transporte público com o ônibus turístico 434 (deixo aqui um post bastante explicativo sobre o funcionamento do ônibus 434). É importante mencionar que só se paga por ele uma vez a cada 24 horas para usar esse ônibus. Ou seja, você compra o bilhete (que não é baratinho, mas dependendo do caso compensa bastante) e pode usar o ônibus quantas vezes quiser. Ele passa pelo Palácio da Pena e pelo Castelo dos mouros, mas não passa pela Quinta da Regaleira.

Para chegar a Sintra não recomendo ir de carro, especialmente se for viajar na alta temporada. A Serra de Sintra é bastante sinuosa, estreita e a cidade não tem estrutura para muito trânsito, ou seja, estacionar por lá também não costuma ser nada fácil.

Há ônibus até Sintra, mas a viagem é menos conveniente e mais longa.

Um pouquinho de história

Sintra tem uma história rica e fascinante que remonta à antiguidade. Esta região montanhosa foi habitada por povos diversos, entre eles os fenícios, os romanos e os mouros e todos eles deixaram sua marca na paisagem e na cultura do local. No entanto, foi durante o período medieval que Sintra começou a florescer tornando-se um importante centro político e cultural, lar de alguns reis de Portugal.

Foi no século XIX que Sintra ganhou ainda mais destaque, quando a família real portuguesa descobriu a beleza e o clima ameno da região e começou a construir palácios e residências de veraneio por lá.

O Palácio Nacional da Pena, com sua arquitetura extravagante e colorida, era muito querido da rainha D. Maria II, que o transformou em sua residência favorita. Sintra tornou-se, assim, um refúgio onde a realeza portuguesa podia escapar das pressões da vida na corte e se entregar ao encanto e à serenidade das montanhas.

Esta relação próxima entre Sintra e a família real contribuiu muito para a preservação e florescimento da cidade, deixando à região um legado de belos palácios e parques que continuam a encantar visitantes do mundo todo até os dias de hoje.

Roteiro de 1 dia

Conforme comentei acima, o ideal é chegar cedo para pegar a cidade ainda vazia.

1. Travesseiros de Sintra na Piriquita. Chegando lá, vá direto à Piriquita, famosa por seus excelentes doces, em especial o imbatível “travesseiro de Sintra”. Confesso que quando li a respeito não dei muito crédito, mas constatei que não há travesseiros mais gostosos em toda Portugal. Se chegar tarde, especialmente na alta ou média temporada, pode pegar longas filas para conseguir apreciar um travesseiro. Nós chegamos cedo e pegamos eles quentinhos, e sem fila. ;-)

Os famosos (e deliciosos) travesseiros de Sintra da Piriquita.
Os famosos (e deliciosos) travesseiros de Sintra da Piriquita.

2. Quinta da Regaleira. Caminhe cerca de 10 minutos (ou pegue um táxi) até lá. A caminhada é bonita e agradável. Não perca muito tempo se quiser tirar boas fotos de uma das principais atrações da Quinta, o Poço Iniciático, uma escadaria em espiral que representa uma jornada espiritual. Com a chegada das multidões, fica difícil ter uma foto “sem penetras” no poço.

O belíssimo Poço Iniciático, a espiral do conhecimento
Eu e Marcos no belíssimo Poço Iniciático, a espiral do conhecimento

A quinta é muito bonita e conta com um extenso e belíssimo jardim, cheio de referências religiosas, símbolos ocultistas e um ar de mistério. Há lagos, grutas e torres nesta propriedade, que foi concebida por um milionário brasileiro chamado Antônio Augusto de Carvalho Monteiro.

O palácio da Quinta da Regaleira visto da rua
O palácio da Quinta da Regaleira visto da rua

Há lanchonete e banheiros no local.

Retorne a pé para o centro, almoce, e de lá pegue um transporte até a próxima atração: o Palácio da Pena.

3. Palácio Nacional da Pena. Prepare-se para se sentir como um verdadeiro membro da realeza ao visitar este palácio de contos de fadas, com suas torres coloridas e jardins exuberantes. A vista panorâmica do alto é belíssima.

Palácio da Pena visto do Castelo dos Mouros
Palácio da Pena visto do Castelo dos Mouros




O Palácio da Pena foi construído no século XIX como residência de veraneio da família real portuguesa. Com sua arquitetura única, que combina estilos romântico, gótico e mourisco, o palácio é um testemunho da rica história e do gosto extravagante da realeza portuguesa. Hoje, é um dos principais pontos turísticos de Sintra, oferecendo aos visitantes um panorama da vida palaciana.

Cozinha do palácio que atendia a realeza portuguesa
Cozinha do palácio que atendia a realeza portuguesa

4. Castelo dos Mouros. Reinando majestosamente sobre as colinas de Sintra, o Castelo dos Mouros remonta ao século VIII, quando foi construído pelos mouros durante a ocupação islâmica da Península Ibérica. Com suas muralhas imponentes e vistas panorâmicas, o castelo desempenhou um papel crucial na defesa da região durante séculos, até ser restaurado no século XIX como parte do movimento romântico português, proporcionando aos visitantes uma viagem no tempo.

Do Castelo dos Mouros é possível ver as belas colinas e planícies mais distantes, e também uma parte do mar.

São muitas escadas, subidas e descidas no percurso dentro do castelo. Cansativo,
São muitas escadas, subidas e descidas no percurso dentro do castelo.

Dicas Práticas

Evite as multidões: visite os pontos turísticos mais populares e mais importantes para você logo no início da manhã ou bem no fim da tarde. Esses são os horários sem excursões, mais tranquilos e mais fáceis de fotografar e curtir.

Calçado confortável: as ruas de Sintra podem ser íngremes e irregulares, e você vai andar bastante nesse dia em todas as atrações. O Castelo dos Mouros, em especial, é um desfio para quem está com os pés doloridos.

Experimente a gastronomia local: não deixe de experimentar os deliciosos doces tradicionais de Sintra além dos travesseiros que comentei acima. As queijadas também fazem sucesso por lá.

Expanda sua exploração: Sintra tem muito mais a oferecer além de seus pontos turísticos mais conhecidos. Se tiver mais tempo, explore as ruas estreitas e os cantos escondidos da cidade para descobrir seu verdadeiro charme.

Outros pontos de interesse: Sintra conta com outros palácios, como o Palácio Nacional e o Parque e Palácio de Monserrate. De lá você pode conhecer também o charmoso vilarejo de Azenhas do Mar e o ventoso Cabo da Roca, que é o ponto mais ocidental de Portugal continental.

Com sua rica história, bela arquitetura e atmosfera acolhedora, esta cidade encantada é um verdadeiro tesouro a ser descoberto. Nós tivemos somente 1 dia para explorar a Sintra, mas se você tiver mais que isso, vai aproveitar muito mais.

Dúvidas? Sugestões? Deixe aqui nos comentários.

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Apaixonada por viagens, natureza, lugares lindos e interessantes e por fotografia. Viajei pouco até hoje, mas curti cada viagem e tirei delas o melhor que pude. Viajar e fotografia são paixões de infância! Criei esse blog para compartilhar minhas experiências durante minhas viagens e trilhas feitas com meu marido. Trocando informações, todo mundo se ajuda! :)

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