Seguindo nossa programação, em nosso segundo dia em Foz do Iguaçu fomos visitar as cataratas no lado brasileiro. Para esse passeio já tínhamos contratado com a All Brazil Tours, a mesma agência que fez o receptivo no aeroporto. No horário combinado, 8h30 da manhã, Paulo, nosso guia, chegou ao hotel para nos buscar, onde já estávamos aguardando no saguão (o que, infelizmente, muita gente não faz, atrasando a chegada aos locais).
Já na estradinha no interior do parque, nosso guia contou-nos que a criação do parque foi ideia de Santos Dumont, ideia essa que envolveu a desapropriação das terras onde se encontram as cataratas.
Contou-nos também que, atualmente, somente veículos autorizados, como os de agências de turismo, podem trafegar no interior do parque. Essa medida teve que ser tomada por um motivo simples: todos os anos cerca de 700 animais eram mortos, atropelados por motoristas irresponsáveis, que não respeitavam a velocidade máxima no parque. Além disso, segundo o mesmo guia, alguns motoristas atropelavam os bichos por diversão.
Após a adoção da restrição, as mortes caíram a praticamente zero. No trajeto dentro do parque é possível ver algumas capivaras passeando pela estrada.
Chegamos às bilheterias do parque e, por sorte, um pouco antes de uma caravana enorme de turistas. Como era feriadão, a quantidade de pessoas que visitou o parque no fim de semana ultrapassou os 15 mil visitantes. As filas são longas, mas não esperamos muito, talvez por termos chegado um pouco mais cedo.
Mal descemos da van, já fomos abordados por vendedores de capas–de-chuva. Levamos nossas próprias roupas impermeáveis, então não compramos. Mas se você não tiver uma, compre, pois vai precisar. As capas eram vendidas a R$ 5 cada uma.
Aliás, naquele dia choveu muito o dia todo, tirando mais da metade da graça do passeio. Além das capas de chuva, estávamos preparados com guarda-chuva também, ou não teríamos conseguido fotografar coisa alguma.
Um detalhe aqui merece comentário – compramos os bilhetes online pelo site das Cataratas do Iguaçu, mas achamos que de nada adianta o ingresso com antecedência, pois na hora do vamos ver é preciso retirar o bilhete no mesmo guichê onde guias de turismo retiram para seus clientes – processo esse que pode demorar um tempo considerável, já que os guias compram muitos ingressos.
Uma vez dentro do parque, fomos percorrer as trilhas, fazendo todo o percurso debaixo de chuva. Essas trilhas não são trilhas de terra, são devidamente pavimentadas e sinalizadas. Prepare-se para andar bastante. Há rampas e escadas por todo o percurso. E muita, muita gente.
Se por um lado tivemos azar com o mau tempo, por outro pegamos as cachoeiras com volume de água muito superior ao normal – aparentemente devido à abertura de comportas das represas. Como efeito colateral, no entanto, as águas estavam turvas e barrentas, como você pode ver nas fotos.
E por falar em fotos, nada, nada mesmo, pode traduzir a sensação de presenciar ao vivo aquela maravilha. Nenhuma foto ou vídeo pode traduzir a sensação de estar lá. É muita água, é muito som.
Em alguns locais nem nos atrevemos a sacar a câmera para registrar em foto pois, além da chuva que não dava trégua, o spray gerado pelas cachoeiras molhava bastante e não queríamos arriscar nossos equipamentos. Talvez numa outra oportunidade, usando algum tipo de proteção.
Além disso, nos locais mais concorridos, no meio do rio, a quantidade de pessoas era demais, quase impossível gerenciar tudo ao mesmo tempo – posicionar o guarda-chuva (a tarefa de fotografar tinha que ser feita em dupla), evitar o trânsito intenso de pessoas sobre as passarelas suspensas e ainda tentar obter boas fotos mesmo com o chão das passarelas tremendo com o movimento das pessoas.
Um detalhe importante: se for levar mochila, compre uma dessas com capa de chuva, ou compre a capa de chuva em separado (sai mais caro!) para poder chegar próximo às cachoeiras sem molhar suas coisas. No nosso caso foi ótimo, pois como choveu o tempo todo, as capas mantiveram nossas coisas secas… ou quase: Levamos uma da Trilhas e Rumos com capa de chuva, que não segurou bem a água, justamente uma mochila supostamente feita para trilhas na montanha. Levamos também uma da Bagagio com capa de chuva, que não foi feita para trilhas ou montanha, mas que se revelou muito melhor, barrando praticamente toda a água. A pouca umidade que penetrou ocorreu ao redor da alça, que não ficou protegida pela capa.
Terminado o passeio, chegamos ao restaurante do parque, o Porto Canoas. Prepare-se para gastar, não é barato. Aliás, como tudo em Foz do Iguaçu. Comer por lá é muito caro. Comida razoável, bom atendimento, nada a reclamar.
Mesmo com todos os revezes, valeu muito a pena o passeio. Quero fazê-lo de novo, com duas ressalvas: com tempo bom e fora de feriadão. Em feriado, nunca mais. Nem de graça.
Nosso pequeno vídeo sobre a visita às Cataratas brasileiras:
Veja nossos outros artigos sobre a viagem a Foz do Iguaçu
– Polo Astronômico de Itaipu
– Parque das Aves
– Cataratas do Iguazu, Argentina
– Usina Itaipu Binacional
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One Comment
Camila Guerra
22 de maio de 2012 at 18:49A vista das Cataratas é tão impressionante que da minha visita ao Parque quando eu era ainda adolescente, me lembrava quase que somente da vista da queda principal e do deque ali perto.
Realmente é impossível colocar em fotos, vídeos ou palavras a grandeza daquelas quedas.
Lindo!