Villa la Angostura fica a 85km de distância de Bariloche ainda na província de Rio Negro e é uma cidade de boa estrutura turística. Por ali você encontra muitos hotés, campings, restaurantes e bom comércio.
Nossa intenção era passar por Villa La Angostura, visitar alguns de seus lindos portos e visitar o Cerro Bayo, centro de ski de Villa. Com o tempo feio e a chuvinha chata, a visita aos portos ficou para uma próxima viagem. Mas fomos conhecer o Cerro Bayo mesmo assim.
Villa La Angostura é conhecida como “Jardim da Patagônia”. Dá pra imaginar como a cidadezinha sofreu em 2011, época em que o vulcão Puyehue cuspiu cinza vulcânica pra cima dela. O turismo por lá chegou a zero, muitos habitantes saíram da cidade e a situação financeira do local sofreu uma grande queda. Felizmente se recuperando muito bem do susto, chegamos a Villa La Angostura num dia triste de fim de inverno. O ar cinza que as nuvens carregadas traziam não nos animou a explorar o vilarejo.
Paramos o carro, andamos um pouquinho a pé ali no minúsculo centrinho de Villa procurando informações e toilets, tiramos algumas fotos. Encontramos toilet público logo atrás do centro de informações. Bem, público no estilo mesmo. As portas do banheiro feminino não fechavam, não tinha papel e muito menos sabonete. Que bom que sou prevenida e tinha levado papel na mochila. Aproveitamos para espantar o frio cada vez mais intenso colocando nossa roupa segunda pele.Na cidade se encontra lojinhas, restaurantes, mercadinho, agências de viagem, casa de câmbio, várias opções de hotéis, campings e albergues, além de lindos locais de natureza exuberante.
De arquitetura rústica, Villa La Angostura é uma cidade bem típica de montanha.
A estrada de Bariloche até Villa é bastante boa, toda asfaltada e bem interessante. No caminho, muitas paisagens lindas e em várias partes do trajeto a estrada acompanha bem de perto o lindo lago Nahuel Huapi, permitindo boas fotos. Pegamos o carro novamente e voltamos um pouquinho até a entrada para Cerro Bayo. A estrada até o centro de esqui é toda de terra (cascalho), mas muito bem cuidada. Não me lembro de ter visto um buraco sequer. Em alguns locais há mirantes de onde se pode ver a cidade, as montanhas e os lagos. Chegamos até o centro de esqui Cerro Bayo por volta das 11-12hs. A temporada fraca de neve e o fim do inverno com aquele tempo feio não animava ninguém, estava vazio. Há estacionamento gratuito no local. Deixamos o carro lá, pagamos AR$ 90 cada um e subimos de telesillas. Fazia muuuuito frio. Nenhuma neve na parte baixa do cerro. Cheguei a duvidar que haveria alguma lá em cima. Enquanto subíamos, observei a quantidade de cinza vulcânica que ainda há por lá. Um pouco mais de subida e já começamos a ver um pouco de neve. Chegamos, descemos das cadeirinhas e fomos rodar pelo local. Os abrigos estavam fechados e aquele ar de abandono me incomodou no início. Uma meia dúzia de esquiadores e snowboarders ainda brincava com a neve disponível. Mesmo com pouca neve, a paisagem é linda e interessante. As montanhas, os lagos e aquele branco caprichoso, misturando-se com o marrom da terra e o cinza das nuvens…. é também daqueles lugares mágicos e o ar de abandono depois foi ficando interessante, como se toda aquela beleza fosse só nossa. Uma sensação de paz e a vontade de ficar ali apreciando tudo detalhadamente começou a aparecer. Mas, o frio foi mais forte. O frio intenso e a falta de um abrigo para esquentar um pouco nos fez descer antes do que prevíamos.Não fomos para esquiar, somente para conhecer, mas dizem que o Cerro Bayo tem as melhores pistas para iniciantes na região (veja o mapa das pistas do Cerro Bayo em alta resolução).
Chegando no estacionamento, comemos um dos nossos sandubas e pegamos novamente a estrada.Voltamos em sentido a cidade e passamos por ela rapidamente para finalmente cruzar pelo primeiro lago da Rota dos Sete Lagos, o lago Correntoso. Mas antes, logo depois do centro da cidade, passamos pelo Paso Internacional Cardenal Samoré, que se pega para ir ao Chile. Para aqueles que pretendem dar um pulo no país vizinho, é importante verificar a documentação pessoal (passaporte ou RG) e a do carro. Os veículos devem ter uma autorização especial para cruzar a fronteira e isso você deve informar na hora que for alugar seu carro.
O caminho de Villa La Angostura até San Martín de Los Andes contamos detalhadamente em outro post, onde descrevemos a Rota dos Sete Lagos. De San Martín até Bariloche, retornamos por Rinconada.
O passeio de Bariloche até Villa La Angostura é uma alternativa muito legal para quem não tem tempo de fazer a Rota dos Sete Lagos até San Martín de Los Andes. O ideal é passar o dia por lá, visitar Puerto Manzano, almoçar na cidade, fazer um passeio lacustre e tirar muitas fotos daquela beleza toda. Em várias partes do trajeto há mirantes onde parar para apreciar a vista e tirar lindas fotos do lago Nahuel Huapi que aparece várias vezes durante o percurso.
É possível fazer o passeio até Villa La Angostura de carro alugado ou van com agência de viagem. Existem também ônibus de linha fazendo o trajeto Bariloche x Villa x Bariloche.Outos artigos sobre Bariloche e arredores:
– Sessenta dicas rápidas sobre Bariloche e região
– Como se vestir na neve
– Roteiro de 4 dias em Bariloche
– Circuito Chico e Cerro Campanário, Bariloche
– Hotel del Viejo Esquiador, San Martín de los Andes
– Hotel Nahuel Huapi, Bariloche
– Domingo de neve no Cerro Otto, Bariloche
– Onde comer (ou não) em Bariloche e San Martín
– Cerro Catedral, o centro de esqui mais importante do hemisfério sul
– Passeio Lacustre: Isla Victoria y Bosque de Arrayanes
– Rota dos Sete Lagos, de Bariloche a San Martín de Los Andes
– Cerro Tronador e Ventisquero Negro
– Bariloche, Argentina. E tinha neve no paraíso!
– De San Martín de Los Andes a Bariloche por Rinconada
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20 Comments
Juliana
11 de agosto de 2015 at 15:50Oi Camila!
Achei muito interessante sua publicação sobre Villa La Angostura. E gostaria de saber quando você foi? Em que mês?
Obrigada
Juliana
Camila Guerra
11 de agosto de 2015 at 17:24Olá, Juliana!
Obrigada! Fomos no meio de setembro de 2012.
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Juliana
14 de agosto de 2015 at 23:56Oi Camila, obrigada pela resposta!
Vou pra lá ainda neste mês, por isso que gostaria de saber.
Tô torcendo pra ver bastante neve…
Camila Guerra
15 de agosto de 2015 at 21:31Oi, Juliana!
Neve é sempre muito imprevisível, mas eu diria que em Bariloche a probabilidade está bem a favor da segunda metade de julho e a primeira de agosto. Depois disso a neve tende a diminuir. O que não significa que será assim. Em 2010 um amigo meu foi em setembro e pegou muita neve. Fui no mesmo período em 2012 e peguei bem pouca. Enfim, não dá pra ter certeza. Boa sorte para você.
[]’s
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2 de julho de 2013 at 03:23Pingback:
15 de junho de 2013 at 00:26Marcus
7 de junho de 2013 at 19:08Outra dúvida, esses valores do parque de sky são em dólares ou pesos?!!!! obrigado
Camila Guerra
7 de junho de 2013 at 22:09Marcus, aceitam peso ou cartão de crédito.
[]’s
Marcus
7 de junho de 2013 at 19:02Obrigado Camila, suas informações são sempre valiosíssimas, depois dessa experiência que vamos ter, posto algo por aqui. vlw demais.
Camila Guerra
7 de junho de 2013 at 22:02Volte para contar como foi. Acho que você vai adorar Bariloche. ;)
Boa viagem!
[]’s
Marcus
7 de junho de 2013 at 12:22Primeiro agradecer esse belo trabalho q vcs fazem, poís é valiozissímas essas informações. Estou indo p/ Bariloche no fim do mês de junho13, e tenho algumas dúvidas:
– em relação custo/benefício seria melhor fazer o circuito chico de carro ou por agência.
– Villa La Angostura tbm qual a melhor opção carro ou agência?!
– sobre os tickets: cerro campanário, foi dito que não se pode comprar na hora( não aceita dinheiro), como adquirir. É muito caro os tickets do cerro catedral e cerro bayo, em média quanto gastariamos p/ passar o dia esquiando, podemos comprar na hora ou antes?!!
– me preocupa o frio, q tipo de roupas levar, já que sou de Salvador e não tenho costumes com essa temperatura, é melhor comprar alguns artigos ao chegar em Buenos Aires?!!
agradeço desde já a atenção
Camila Guerra
7 de junho de 2013 at 14:27Olá, Marcus! Obrigada! ;)
– Circuito Chico recomendo fazer de carro. Assim você pode pular a parte comercial (se desejar), parar quando e onde quiser e ficar o tempo que desejar no Cerro Campanário.
– Também recomendo fazer Villa la Angostura de carro pelos mesmos motivos que citei acima. Não fiz esse passeio com agência, mas levando em consideração o histórico de correria, acho que vale a pena ir no seu tempo. Villa la Angostura é um lugar muito bonito e aconchegante.
– Compramos os tickets do Cerro Campanário na hora lá mesmo em dinheiro (peso)… nunca ouvi dizer que não pode comprar na hora. Eles não aceitam reais, mas é só pagar em peso.
Os tickets de ascenção para os cerros não são baratinhos. Dê uma olhada nas tarifas para os cerros Catedral e Bayo em 2013: http://www.catedralaltapatagonia.com/invierno/tarifas_2013.php e http://www.cerrobayoweb.com/index.php/sp/Tarifas. Se você for só visitar o cerro, sem esquiar, vai precisar do passe de peatón. Pode comprar os tickets na hora mesmo.
Como eu não fui esquiar, não cheguei a estudar o assunto. Não sei te dizer exatamente os valores para um dia de esqui em 2013, mas se ainda não sabe esquiar, vai precisar fazer aula de esqui (coletiva ou particular, sendo a coletiva mais barata), alugar equipamento de esqui para o dia (se vai de carro vale a pena alugar na cidade) e comprar o passe para o dia inteiro. Aqui nesse post do ViajeNaViagem você encontra detalhes sobre como funciona o Cerro Catedral: http://www.viajenaviagem.com/2012/09/cerro-catedral-como-funciona/.
– Vai precisar chegar a Buenos Aires já com algum agasalho. Embora não seja tão frio como Bariloche, também faz frio em Buenos Aires, especialmente para você que mora numa cidade muito quente. Quanto a roupa para neve/frio, se não tem onde usar no Brasil, te aconselho a alugar lá em Bariloche. O que mais tem na rua Mitre e suas transversais é aluguel de roupa. Só vai precisar comprar as luvas (eles não alugam). Mas se preferir comprar as roupas também, Buenos Aires tem preços melhores.
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