Eu já havia conhecido o Alto da Ventania, quando fizemos a travessia Cobiçado-Ventania, mas nunca tinha feito a caminhada direto ao Alto da Ventania (1.571 metros) a partir do Caxambu. Até que recebi um convite do Waldyr Neto, para ir fotografar a Lua cheia, que naquele dia nasceria bem ao lado do Pico Maior de Magé. Caminhada com início programado para o meio da tarde de uma sexta-feira. Convite aceito de pronto, no início da semana, mas sem muita confiança no clima – choveu praticamente a semana inteira, inclusive na quinta-feira.
A sexta-feira amanheceu meio molhada, com bastante névoa mas, horas mais tarde, o céu ficou completamente livre de nuvens e tudo indicava que o clima estaria ideal para nosso intento. Mochila arrumada às pressas, segui para o local combinado e lá fomos nós. Além de mim e do Waldyr, participaram também da caminhada o fotógrafo Flávio Varricchio, Fernando Brandão e Miguel Berredo.
A caminhada para o Alto da Ventania é bastante leve. Contudo, bastante fora de forma e acompanhando uma turma bastante experiente, sob um sol de rachar, para mim foi mais puxado do que as caminhadas que costumo fazer – normalmente paro a toda hora para fotografar até formiga. Com algum esforço (e mais paradas do que meus amigos estão acostumados), cheguei ao cume. Ufa!
A paisagem no Alto da Ventania é uma das mais belas de Petrópolis. De lá é possível avistar o Pico Maior de Magé, os Castelos do Açu, o Pico do Alcobaça e outras vedetes do montanhismo petropolitano.
O entardecer lá em cima é de tirar o fôlego. De um lado, o sol se pondo e tingindo o céu de amarelo, laranja e vermelho. Do outro, o efeito da projeção dessas cores sobre as montanhas, a mata e a névoa que, naquela tarde, escorria pelas encostas.
Minutos após o sol desaparecer por trás das montanhas, a Lua veio surgindo ao longe, sobre um horizonte à aquela altura levemente nevoento.
Nosso principal intuito era fotografar a Lua, tarefa difícil para meus ainda poucos conhecimentos em fotografia, mas já conhecida de meus amigos Waldyr Neto e Flavio Varricchio. A janela de tempo era estreitíssima, pois em poucos minutos a Lua fica alta e com luz muito intensa, o que praticamente inviabiliza sua captura em composições com a paisagem.
Logo após o sol sumir, o frio se intensificou, principalmente devido ao vento contínuo. Logo todos estavam devidamente agasalhados – incluindo aí gorros e luvas.
Concluída a breve sessão de fotografias, mochilas arrumadas, lanternas nas cabeças e passos largos morro abaixo. Difícil mesmo foi vir embora e deixar para trás aquele cenário deslumbrante. Ficou a vontade de voltar, da próxima vez com uma barraca nas costas.
O saldo da caminhada foi a constatação de que preciso me exercitar mais, os novos amigos que fiz e as imagens que trouxe comigo, tanto na memória da câmera como em minha própria memória. Imagens inesquecíveis, cuja reprodução captura menos de dez por cento do que é testemunhar ao vivo aquele espetáculo de luzes, formas e cores proporcionado pela natureza.
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One Comment
Waldyr Neto
4 de setembro de 2012 at 00:04Bacana o relato Marcos !! Espero que seja a primeira de muitas…