Fotografia é um negócio curioso. Você começa clicando pra registrar momentos. Aí faz umas fotos melhorzinhas, depois mais um pouquinho, começa a gostar cada vez mais das suas fotos e as pessoas começam a entender a história que você conta através das imagens que captura. Aí pronto! Ferrou-se! Quando o bichinho da fotografia morde você, sua vida jamais volta a ser a mesma. Tipos de camera, filtros, adaptadores, editores de imagem, composição, kits de limpeza, Flickr, exposição, abertura de diafragma, ISO, White balance, histograma, fotometria… nossa! Um mundo novo pra descobrir! E, pode acreditar, diversão garantida. Você passa a ver em tudo uma foto, uma luz interessante, um pedacinho de história para contar.
Eu sofro atualmente de dois “males”: a fotografia e a escrita, que na verdade são paixões antigas mas mal alimentadas. Tudo o que eu acho interessante quero capturar em imagens e em palavras para dividir com meus leitores, meus amigos, familiares e claro, com gente desconhecida mas que precisa ver coisas bonitas para trazer mais encanto à sua vida.
Já expliquei aqui que esse blog começou por causa dos livros do Waldyr Neto. Lembra? É, começou com nossas trilhas aqui por Petrópolis. Passamos a admirar o trabalho do Waldyr como montanhista e um dia conhecemos, meio que sem querer, o trabalho dele como fotógrafo de natureza. A fotografia do Waldyr entrou então pra nossa lista de desejos. Eita nós! Quando capturávamos uma boa imagem, tanto eu quanto Marcos, para elogiá-la, soltávamos a frase: “tá até com cara de foto do Waldyr”. :)
Aí ele resolveu fazer um workshop de fotografia de montanha, o primeiro dele. E nós fomos!
Foram dois dias imersos num mundo objetivo e encantado. Muita foto bacana, exemplos explicativos com toda a teoria que tornou aquela foto possível. E, claro, altas histórias dos perigos, das “roubadas” e das frustrações que acompanham a fotografia de montanha.
Waldyr nos deu o “caminho das pedras” e nos apresentou a conceitos novos e muito úteis para a fotografia de natureza. No fim do curso, aproveitando sua bagagem de muitos anos em montanha, deu uma “palinha” sobre o que levar nas caminhadas, como se comportar e o que é realmente importante e o que é mito em montanha. O curso abordou assuntos diversos: equipamentos, conceitos fundamentais da fotografia, técnicas específicas para fotografia de montanha e paisagem, composição fotográfica, o montanhista fotógrafo, o fotógrafo montanhista, execução – a hora da verdade, pós-produção e análise de fotos.São Pedro não ajudou muito e o curso acabou acontecendo em dois dias chuvosos, que nos impediram de explorar melhor a linda Fazenda Samambaia, onde o curso aconteceu.
A Fazenda é hotel, centro de convenções, Instituto de Ciência Ambiental, um hostel (parte do HI, Hosteling International). Enfim, uma área interessante e muito bonita de natureza tranquila e com muitos motivos para foto. O workshop até ganhou uma aluna de última hora. A Ana, uma inglesa-chinesa, como ela mesma se apresentou, trabalha como voluntária na fazenda e participou conosco no primeiro dia do workshop.
Na turma a presença ilustre de um fotógrafo de peso: Flávio Varricchio estava lá pra dar uma moral pra todos nós.Na fazenda, lanchinho, almoço e um ambiente agradável para ajudar a entrar no clima. Depois daquela teoria toda do primeiro dia, após o almoço deveríamos fazer uma caminhada ao Ventania para colocar em prática aquele monte de coisas que o Waldyr passou a manhã toda explicando. O tempo estava esquisito. Às vezes ameaçava chuva, às vezes mostrava o sol. Quando o solzinho colocou o “nariz para fora”, Waldyr não pensou duas vezes e confirmou a subida ao Ventania. Eu e Marcos não pudemos ir por conta de uns probleminhas de saúde que trouxemos do Peru, no dia anterior. Mas a maioria dos colegas foi e provou que o tempo feio e a incerteza na montanha podem render bons trabalhos. Para os interessados no assunto, Waldyr fez um artigo sobre a incerteza na fotografia de montanha.
No domingo o dia começou com as impressões sobre a caminhada, as fotos feitas por lá e as histórias engraçadas. Tinha caído um toró à noite e pensamos que a turma tinha se molhado na descida. Mas, nada. São Pedro foi bem bonzinho com eles… :)
Sobre a subida ao Ventania, o grupo ganhou a companhia do fotógrafo Jorge Goettnauer que os acompanhou para fazer algumas filmagens para um documentário que ele está fazendo sobre fotografia de montanha. O fotógrafo Flávio Varricchio estava de chinelo e conseguiu uma galocha emprestada com o morador da casa onde deixaram o carro. Histórias do Varricchio. Rsrsrs… :)Como eu e Marcos não fomos na caminhada, Waldyr conta um pouquinho sobre a experiência no Ventania:
“Às 16h chegamos no cume principal. Tempo aberto para o oeste e bem fechado em todas as outras direções. Comemoramos a chegada e fizemos um lanche. Do cume principal seguimos caminhando pela trilha que percorre a crista oeste. Orientei a turma a já começar a observar, testar enquadramentos. Estava uma tarde muito bonita, mas nem um pouco óbvia para fotografar. Chegamos nas primeiras pedras do cume oeste do Ventania, que ficou sendo nossa base. A turma começou a montar os tripés e clicar. O frio apertou e todos se agasalharam.
Lá pelas 18h nos arrumamos para descer. Ventava e fazia frio. Caminhamos de volta até o cume principal ainda com um pouco de luz, e daí em diante descemos de lanterna. Descida divertida, experiência nova para a maioria. Perto do pasto um “boi da cara preta” que estava na trilha me deu um baita susto. Fora isso não tivemos nenhum contratempo. Pegamos os carros e voltamos para a Fazenda, encerrando o dia”.
Enfim, nós curtimos muito as aulas, os exemplos e demos boas risadas com as histórias engraçadas das experiências do Waldyr e com as do Varricchio também.
Sim, gostamos de fotografia. Sim, gostamos de montanha. Sim, queremos aprender a fazer fotos melhores para enriquecer esse blog e trazer cada vez mais coisas legais para nossos leitores.
O workshop de fotografia de montanha foi uma excelente opção para nos colocar no caminho da busca pela melhor foto. Agora vamos caminhar e praticar. Acompanhe o resultado aqui no blog conosco.
Quer aprender também? O Waldyr já tem outro Workshop de fotografia de montanha planejado para 15 e 16 de junho, também na Fazenda Samambaia.
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7 Comments
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30 de dezembro de 2019 at 20:27Pingback:
28 de dezembro de 2015 at 11:28JORGE MARTINS
29 de dezembro de 2014 at 17:53Olá!
Gostaria de saber se a vacina e o Certificado Internacional sobre Vacina é obrigatória em viagem para o Peru?
ops. febre amarela
Camila Guerra
30 de dezembro de 2014 at 12:26Olá, Jorge!
Há uma grande controvérsia aí pois as agências de viagem dizem que sim, é obrigatório. No entanto, liguei na época para o Consulado do Peru no Brasil e a peruana que me atendeu informou que não é mais obrigatório, embora já tenha sido um dia. No site da ANVISA também não constava o Peru na lista dos países que exigia a vacina contra a febre amarela.
Nenhum de nós tomou e não fomos cobrados. No entanto, muita gente toma por opção.
[]’s
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11 de agosto de 2014 at 22:29Pingback:
30 de setembro de 2013 at 23:12Waldyr Neto
26 de abril de 2013 at 23:47Valeu Camila e Marcos !! Espero que esse seja o primeiro de muitos !