Quando comecei a pesquisar sobre como chegar a Machu Picchu vi todos falando sobre uma parada obrigatória num vilarejo nas montanhas chamado Águas Calientes.
Depois de pesquisar bastante e entender a importância estratégica do lugar, resolvi que deveríamos pernoitar na vila para um melhor aproveitamento de nosso tempo em Machu Picchu.
Não tem como chegar a Machu Picchu sem passar por Águas Calientes, a não ser que você faça a trilha Inca. Se você for de trem, o ponto final dele é lá, nesse vilarejo. Se for andando pelo caminho que passa pela hidrelétrica, vai chegar também em Águas Calientes. A pergunta é: ir direto ou pernoitar por lá?
Dependendo do horário que você chegar a Águas Calientes, não vale a pena seguir viagem para a cidade Inca, o ideal é passar um dia inteiro em Machu Picchu. No povoado você precisa pegar um micro ônibus até a cidade Inca ou ir caminhando montanha acima.Pegamos o trem das 19h em Ollanta, depois do tour do Vale Sagrado e chegamos a Águas Calientes já tarde (são 2 horas de viagem a partir de Ollanta). Nos hospedamos no hotel Inti Pata, bem pertinho de tudo (se é que existe alguma coisa longe naquele lugar tão pequeno). Em seguida saímos para comprar algo para o lanche da noite e do dia seguinte em Machu Picchu.
A cidade é pequena e possui um comércio limitado, mas bem eficiente. Padarias, lojinhas, farmácia, posto de saúde, vários restaurantes, feirinha de artesanato e uma quantidade enorme de hotéis. Tem de tudo lá. Nosso hotel tinha sido reservado pela agência com a qual compramos os passeios, mas quem vai sem reserva não encontrará dificuldades em conseguir uma vaga na última hora. O rio Vilcanota (continuação do rio Urubamba) acompanha a linha de trem e corta o povoado de fora a fora. A grande maioria das pessoas só passa pelo povoado em seu trajeto indo e vindo da cidade Inca, mas uma boa parte pernoita e há até quem fique mais de um dia. Eu particularmente acho exagero. Não há nada de tão interessante lá que justifique perder um dia inteiro no povoado. Para os que gostam de conhecer detalhes dos locais que visitam, uma idéia é ir pela manhã, passar o dia, conhecer as termas da cidade, pernoitar e partir cedinho para aproveitar Machu Picchu.Então, as termas. É por causa delas que o povoado se chama Águas Calientes. Nós não fomos por falta de interesse mesmo. Além disso Marcos estava indisposto. Mas na verdade não agradamos da idéia de entrar naquelas águas que, dizem, não ser das mais limpas. O banho nas águas termais de Águas Calientes é pago.
A linha férrea corta a cidade de fora a fora e dormir cedo acaba sendo um pouco difícil para os de sono leve.
Do centrinho de Águas Calientes saem os ônibus que levam para o parque. E para o centro também eles retornam. Fomos numa época mais tranquila, baixa temporada, mas achei a organização muito boa. Os ônibus param no ponto, ficam até encher e sobem em seguida. Mas já tem outro logo atrás esperando os próximos visitantes. E ninguém vai em pé! A passagem, em abril de 2013, custava U$ 9.5 por trecho. Muita gente sobe de ônibus e desce a pé para economizar uns trocados.Quem vai na alta temporada pracisa ficar de olho pois as filas para pegar o transporte para Machu Picchu ficam grandes. Quanto mais cedo, menos fila.
Pernoitamos lá e acordamos cedinho para conhecer a cidade Inca. Infelizmente Marcos estava dodói e eu corri para a farmácia em busca de algum medicamento para ele. A moça que me atendeu foi um amor. Ligou para o médico, me entregou os remédios e disse que se precisasse ela levaria o médico até nosso hotel. No fim dessa novela, conseguimos pegar o ônibus cerca de 8:30h e chegamos no parque já tarde.No retorno escolhemos um restaurante e almoçamos enquanto esperávamos a hora do trem.
São muitos restaurantes e o preço também é variado. Passei por uns três ou quatro e escolhi um com preço mais agradável. :)
Como em toda região muito turística, é interessante prestar atenção nas diversidades também em Águas Calientes. São pessoas de costumes incrivelmente diferentes que, naquele momento, têm o mesmo objetivo. A gente vê de tudo e esse é um dos grandes “baratos” de viajar. Aprendemos na prática sobre o mundo. No restaurante que estávamos almoçando uma turista de língua inglesa devolveu para a garçonete um sanduba dizendo (em inglês rude) que estava horroroso e que não iria pagar por aquilo. Parecia a rainha do mundo em seu majestoso trono dando ordens a um vassalo maltrapilho e incompetente. O sanduíche podia até estar ruim, mas não justifica a arrogância. Educação e respeito são “acessórios” de viagem que devemos carregar sempre conosco. Reclamar é direito de todos nós mas humilhar os outros, não! A gente aprende vendo nos outros o que não queremos ser. ;)
A estação de trem pode ser bem confusa na alta temporada. Vá pra lá com um pouco de antecedência para não ficar perdido na hora de embarcar. Bem na entrada há uma feirinha com bastante coisa, mas os preços não são melhores que os de Cusco.
E sim, em Águas Calientes você também vai ter que falar muitas vezes “não, obrigado(a)” ou aprender a ignorar os vendedores ambulantes.Quem ainda não tem ticket de entrada para a cidade Inca, pode comprar no povoado de Águas Calientes. Mas tome cuidado para não ficar sem vaga na alta temporada! Você pode acompanhar o número de vagas disponíveis pelo site de vendas de entradas para Machu Picchu.
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Outros posts sobre o Peru:
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– Hotel Inti Pata, Águas Calientes
– Onde comer em Cusco e região gastando pouco
– Valle Sagrado de Los Incas – Parte II: Ollantaytambo
– Valle Sagrado de Los Incas – Parte I: Pisaq
– Salineras de Maras, Terraços de Moray e lã em Chinchero, Peru
– Soroche ou mal da altitude. O que é e como evitar
– City tour de Cusco pelas ruínas Incas
– Hotel Royal Qosqo, Cusco
– Como chegar a Machu Picchu e retornar a Cusco
– Cusco: o umbigo do mundo fica no Peru
– Preparando uma viagem a Machu Picchu, Peru
– Machu Picchu, a cidade Inca nas montanhas
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17 Comments
Ricardo
21 de janeiro de 2020 at 16:17Como evitar o mal da altitude?
Quem não está acostumado com altitudes elevadas pode acabar sentindo alguns sintomas quando chega a mais de 2 mil metros acima do nível do mar. São eles: enjoo, dor de cabeça, falta de ar, tontura, entre outras coisas. Na verdade, cada pessoa e reage de um jeito e os sintomas costumam durar apenas nos primeiros dias, até que o corpo esteja aclimatado. As dicas para evitar o mal da altitude são: descanse bastante, tome bastante água, não coma alimentos pesados e, se for preciso, recorra ao chá de coca ou masque as folhas. Nas farmácias também existem comprimidos, chamados Soroche Pills, para casos mais sérios.
Juvenal Rondan - Viagens Machu Picchu
14 de novembro de 2014 at 23:17Boa noite Camila, eu como peruano gostei muito das suas dicas, voce deveria percorrer todo o nosso país e eu se que vai se agradar mais e ate tlavez nao vai quer voltar rsrsrsrsrs.
Bom Camila eu sou formado em ciencias administrativas e turismo na universidade de Cusco, e já teve essa sorte de morar em Sao Paulo e agora que voltei para o Peru montamos aqui no Peru a nossa operadora de turismo chamada Viagens Machu Picchu, Operadora única e exclusivamente para os brasileiro que desejem conhecer Machu Picchu e Peru.
Nos da Viagens Machu Picchu sempre estamos dispostos a ajudar a qualquer pessoa sem compromisso de compra e simplesmente queremos que tudos venham e curtam a nossas paisagens.
Att: Juvenal Rondan
Camila Guerra
15 de novembro de 2014 at 01:16Oi, Juvenal!
Está nos nossos planos conhecer mais do Peru. Espero que em breve!
Obrigada pela vista.
[]’s
Margareth
18 de janeiro de 2014 at 17:46ADOREI!
Machu Picchu não é esse problemão que os outros blogs tentam passar.
Muitíssimo obrigada,
Margareth
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