As Cataratas do Iguazu fazem parte do Parque das Cataratas, que também engloba as Cataratas brasileiras. Muita gente fica na dúvida se vale a pena visitar a parte argentina já tendo visitado a brasileira. São passeios completamente diferentes. Qual o mais bonito? Ambos lindos, cada um com sua particularidade e vista exuberante das quedas.
Na parte brasileira vemos as cataratas de frente. Na parte argentina, as vemos de cima, passamos por cima delas nas trilhas.
Como a grana estava curta, resolvemos economizar indo de ônibus, o que, no final das contas, não compensou pelo esforço e tempo perdido. Pegamos a linha Crucero del Sur, um ônibus amarelo com letras azuis e brancas, no ponto exatamente ao lado do hotel Rouver. Como ficamos no hotel Continental Inn, fomos andando até lá, é perto. Perdemos um outro para Puerto Iguazu, não me recordo a linha, mas me parece que os intervalos não são muito espaçados.
O motorista parou na alfândega (em frente ao Duty Free) para fazermos a imigração. Entreguei passaporte válido e RG com mais de 20 anos e MUITO velho. O fiscal preferiu usar meu RG para a imigração. Enfrentamos uma pequena fila e na saída o motorista nos esperava para continuar a viagem. Ele espera, mas não muito. Caso você precise se demorar mais, peça ao motorista um ticket para você embarcar no próximo ônibus sem ter que pagar novamente. Viagem tranquila, ônibus vazio. No meio do caminho o motorista nos avisou que passava um ônibus sentido Cataratas. Descemos ali mesmo e pegamos o El Practico, outro amarelinho. Vazio, tranquilo mas depois o mundo inteiro entrou no ônibus, já não tinha mais espaço. Viagem relativamente longa, em pé e fazendo papel de recheio de sanduíche. Ruim, mas… faz parte.
Chegamos por volta das 11:00. Já havia fila na bilheteria e muita, muita gente. Afinal, era domingo de feridão e o tempo estava melhor do que no chuvoso dia anterior.
Compramos nossas entradas a P$ 90 por pessoa (para Mercosul) e entramos. Em um quiosque pedi o desconto para ser usado no restaurante La Salva, dentro do Parque. Ganhei um elogio da moça argentina muito simpática que nos atendeu, ao meu enferrujadíssimo espanhol. Infelizmente não conseguimos usar o desconto pois retornamos tarde demais. Mas fica a dica para quem for, só que o desconto é só para quem não está em grupo grande.
O Parque Nacional Iguazu é bem estruturado e possui bebedouros em alguns locais onde você pode encher sua garrafinha.
Hora de pegar o trenzinho. Fila!
Descemos na próxima estação com a intenção de pegar outro trenzinho até as passarelas da Garganta do Diabo mas a fila era tão grande que resolvemos fazer o circuito superior antes. Desistimos do inferior por causa do tempo curto que nos permitiu escolher somente um.
Logo na entrada da trilha, muitos, muitos, muitos Quatis passeando pela estradinha. Pedem para não alimentar os animais, mas pelo jeito, não adianta. Eles ficam ali rodando procurando por comida. Se você der bobeira com algo nas mãos, eles roubam.
Tudo lindo, mas gente demais nos fez demorar demais nas passarelas. As vistas são simplesmente fantásticas e ficamos extasiados com tanta força e beleza. Infelizmente as fotos tinham que ser rápidas, pouco pensadas e pouco trabalhadas por causa da concorrência pelas melhores vistas. O arco-íris é figura fácil em dias de sol.
As passarelas são todas retas, não tem subida e encontramos muitos cadeirantes, pessoas com bengalas, carrinhos de bebê no caminho. E, se o fluxo de água for grande, como estava no dia que fomos, prepare-se para se molhar um pouco pois mesmo estando por cima das quedas, o spray nos alcança e acaba atrapalhando um pouquinho também. Nosso corta-vento resolveu o problema.
Retornamos para pegar o trenzinho até a Garganta do Diabo e a fila estava ainda maior.
Resolvemos andar até lá. A trilha é de terra, mas super tranquila, sem subida, espaçosa e bem cuidada. No caminho avistamos diversos pássaros, macacos e outros animais que nos espiavam por entre as árvores.
Andamos mais ou menos 4 km e chegamos no início da passarela para andarmos mais 2km (ida e volta ).
Novamente o mundo estava lá, literalmente. Havia muita gente de tudo quanto era canto do mundo. Muitos idiomas diferentes, alguns esquisitos, outros familiares. As passarelas passam por cima do Rio Iguazu Superior e por algumas ilhotas. No trajeto muitos pássaros e animais nativos nos vigiam.
O caminho é lindo, mas foi para nós um pouco aborrecido por conta da quantidade de pessoas nas passarelas. Chegando no mirante da Garganta deu vontade de desistir. Fizemos um esforço e nos investimos de uma boa vontade muito grande para encarar a multidão que ficava enfeitiçada com a beleza daquelas quedas.
Era tanta gente que o empurra-empurra era inevitável. Mas, no final das contas era uma bagunça respeitosa. Explico. Todos estávamos ali pelo mesmo motivo: ver a Garganta, apreciar as quedas e tirar fotos. Então, quem conseguia aos empurrões chegar na ponta do mirante, tinha alguns poucos minutos para fazer isso tudo. Quem ousava se demorar mais, levava um fumo e a gritaria começava para fazer a “fila andar”. Respeitamos a desordem ordenada das coisas e não nos demoramos.
Valeu todo o esforço pois a vista da Garganta do Diabo é simplesmente impressionante demais para perder.
Retornamos com peninha pois a vontade era ficar ali apreciando aquelas quedas tão imponentes.
Mais 4km de trilha para retornar à estação Cataratas. De lá voltaríamos também andando até a estação principal, mas por sorte a fila para o trenzinho estava pequena e retornamos de trem.
Estávamos famintos e fomos direto para o restaurante La Selva, mas já não estavam mais servindo almoço pois chegamos depois das 16:00. Restou-nos um lanche por ali mesmo. Achamos uma lanchonete que servia umas empanadas maravilhosas e foi o que nos salvou. Sobremesa? Alfajores. Mas tudo bem carinho.
Ali no centrinho comercial do parque, além do restaurante e das lanchonetes, existem lojinhas e feirinha de artesanato, vendido pelos índios. Todos se arrumam como podem.
Na saída do parque pega-se o ônibus El Práctico Cataratas para o centro de Puerto Iguazu (a cada 20 minutos) e depois outro para o Brasil, dessa vez pegamos o Itaipu para o Brasil.
Dei bobeira e descemos do ônibus bem na rotatória que se pega para ir ao Brasil, antes dele chegar no centro de Puerto Iguazu. Já estava escurecendo e o lugar não é muito agradável. Mas logo passou o ônibus da Itaipu, e naquele momento fiquei feliz em ler “Brasil” nele.
Chegamos exaustos no hotel, mas muito felizes com o excelente passeio.
Algumas considerações e percepções:
As Cataratas Argentinas são tão lindas quanto as brasileiras, mas diferem muito em sua beleza.
O Parque argentino é bem maior que o brasileiro e não dá para fazer tudo num dia só sem pressa.
Para quem tem pouco tempo e um pouquinho de dinheiro a mais para gastar, aconselho contratar um passeio pois 4 ônibus nos levam horas preciosas que podemos gastar no parque. Não achamos que valeu a economia, até porquê chegamos lá com o parque lotado.
Não vá em feriado, é roubada!
Vá com tempo quente para que o spray das águas não estrague seu passeio e lhe dê uma gripe de presente.
Mas vá, você não vai se arrepender!
Veja mais fotos desse passeio na página do Viagens e Andanças no Facebook.
Vídeo que fizemos durante a visita às Cataratas do Iguazu, Argentina
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– Polo Astronômico de Itaipu
– Usina de Itaipu
– Parque das Aves
– Cataratas em Foz do Iguaçu
– Hotel Continental Inn, Foz do Iguaçu
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26 de março de 2013 at 22:05Pingback:
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