Depois de pegar chuva no centro de esqui do vulcão Villarica e desistir de subir o teleférico por conta da falta de visibilidade, descemos a montanha e resolvemos visitar os famosos Ojos del Caburgua e, em seguida, o Lago Caburgua. De Pucon até o Lago Caburgua, são cerca de 23 km. Dos Ojos até o lago, 5 km aproximadamente.
Para falar a verdade, eu havia visto algumas fotos e achado bonito, mas não imaginei que fosse gostar tanto do local.Descemos do Villarica e pegamos a estrada asfaltada que leva para o parque dos Ojos. É fácil, só seguir a estrada principal. A entrada não é muito óbvia e fica à esquerda de quem vem de Pucón. Precisa ficar de olho nas placas indicativas para não passar direto na entrada. Depois andamos um pouco por uma estradinha de terra bem conservada e chegamos finalmente ao parque, que é uma propriedade particular. Um senhor veio ao nosso encontro e cobrou CLP 1.500 (valor referente ao carro). Quem vai a pé, se não me engano, paga menos.
Continuamos um pouco e chegamos no estacionamento do local. Um lugar muito bonito onde, no verão, é possível acampar. Por ali há banheiros e na alta temporada funcionam alguns quiosques que vendem alimentos. No dia de nossa visita, estava tudo fechado. Aproveitamos a parada e comemos o sanduba que levamos, antes de entrar nas trilhas.
Do próprio estacionamento saem algumas das trilhas que levam até às quedas. São trilhas bem curtas, bem cuidadas e quase todas são cercadas por corrimão. Mas é preciso estar atento às raízes das árvores que fazem parte do caminho. As trilhas muito próximas da água ficam muito úmidas e, portanto, escorregadias. Tenha cuidado.Descemos pela trilha mais óbvia e demos de cara com as três principais quedas do Rio Caburgua.
Há vários mirantes espalhados por várias partes do parque que, nesse dia, estava vazio. Descemos para o mirante baixo, montamos nossos tripés e ficamos ali experimentando algumas fotos.A área é um paraíso para quem gosta de fotografar água, cachoeiras e bosques. Lembre-se que no verão a cidade fica cheia e talvez você não consiga usar tripé nas passarelas devido à quantidade de pessoas passando.
Tivemos sorte e não choveu durante nossa visita a esse lugar lindo. Em alguns momentos vimos até algumas nesgas de sol.
Por ali fizemos algumas fotos interessantes, aproveitando que havia pouca gente no local e conseguimos ficar mais tempo onde queríamos.Atualmente é proibido banho no local, mas um amigo chileno nos contou que visitou a região no verão e resolveu dar um mergulho. Disse ele que nunca mais entraria naquelas águas, pois de tão geladas que são, sentiu-se mal. Já dava para imaginar. :)
Continuamos explorando um pouco mais o local, buscando maneiras de mostrar para vocês um pouco do que estávamos vendo ali.É bonito. Demais. A água verdinha não saiu muito nas fotos, mas a cor é realmente impressionante. Caminhando pelas trilhas você chega também na Laguna Azul, uma lagoa muito bonita de um azul profundo.
Caminhamos um pouco mais pelo local observando o rio e as quedas por diferentes ângulos. Caminhamos pelo gramado do parque fotografando árvores, bancos, pássaros… nada escapou de nossas lentes. :)Desde que chegamos em Pucón ouvíamos o grito estridente de uma ave, que estava por toda a cidade. Nesse dia consegui fotografá-la bem de perto… a danada da Curicaca, insistente e escandalosa. Mas bonita.
Sentamos em um dos banquinhos e ficamos observando o local.A tarde foi avançando e nós queríamos ir ainda no Lago Caburgua, que fica um pouco distante dali. Começou a chover um pouco, então guardamos nossa parafernália fotográfica e partimos para a estrada novamente. Na saída do parque dos Ojos del Caburgua, na estradinha de terra, mesmo com chuva parei para fotografar umas ovelhinhas que estavam pelo caminho.
Última foto antes do lago, prometi pro Marcos e cumpri. :)Chegamos no lago Caburgua já no fim da tarde. Tinha pouca gente no local, alguns casais com crianças pequenas e alguns babacas com quadriciclos apostando corrida na areia, espalhando água e areia para todo lado e expulsando dali os pais e seus filhos. Fiquei chateada. Quase tomamos um banho de água gelada quando estávamos na margem do lago fazendo umas fotos com o tripé. Ainda bem que foram embora rápido.
O lago é lindo, pena que o dia estava nublado e não realçou a cor da água.No lago há duas praias, a Playa Blanca e a Playa Negra, chamadas assim por causa das cores de sua areia. Caburgua foi escolhida como local de descanso de figuras chilenas importantes, como a presidente do país, Michelle Bachelet.
No verão você encontra por ali alguns quiosques de artesanado e alimentação, mas no dia que visitamos, tudo estava fechado por causa do inverno. No verão, o lago fica lotado de banhistas, com direito a guarda-sóis e tudo. Vimos algumas placas indicando estacionamentos pagos, que estavam fechados nos dia. Estacionamos o carro na rua mesmo.
Com o tempo já escurecendo e o frio apertando, resolvemos retornar para Pucón, e na saída ainda consegui fazer um último registro daquele lindo lugar.
Retornando para Pucón vimos pela primeira vez o Villarica, que apareceu na paisagem da estrada ainda com algumas nuvens cobrindo seu cume. Quando estiver no Lago Caburgua, olhe no sentido oposto da estrada, lá estará o vulcão Villarica. Quem quiser visitar os Ojos de Caburgua e o Lago Caburgua e não quiser alugar carro, pode contratar o passeio com agência (faz parte do “tour por la zona”), fazer de ônibus ou de bike.Gostou do artigo? Dê um curtir e compartilhe com seus amigos.
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4 Comments
Carla Nogueira
19 de novembro de 2014 at 01:01Que fotos lindas amiga!!!!! Parabéns! A do barco… Aff!
Bjs
Camila Guerra
19 de novembro de 2014 at 10:58Obrigada, Carla! :)
Bjs
Romulo Valente
29 de outubro de 2014 at 00:17Oi Camila,
Ficaram muito lindas as fotos !!! O lugar é tudo isso mesmo ???
Em que período vocês estiveram lá ???
Camila Guerra
29 de outubro de 2014 at 11:02Oi, Romulo! Obrigada!
Infelizmente não conseguimos capturar a cor verdinha da água. O lugar é lindo, tranquilo e a cor da água é impressionante. As fotos nunca capturam a beleza total do lugar, então, eu diria que é mais bonito que parece.
Visitamos o local em agosto, uma época fria, mais chuvosa, mas bem menos concorrida.
[]’s